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sábado, 14 de janeiro de 2012

Os Deuses Egípcios



Para você compreender o politeísmo egípcio, ou seja, o culto a vários deuses, faz-se necessário esclarecer algumas características da sociedade egípcia. O governo no Egito Antigo era teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da religiosidade). O principal governante do Egito, ou das cidades-estados, era chamado de faraó: ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general) e era tido como um deus vivo: filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus (deus falcão). Portanto, a religiosidade e o culto aos deuses no Egito Antigo tinham um grande significado para a sociedade.

Os egípcios cultuavam vários deuses (politeístas) e alguns deuses eram animais. Por exemplo: o gato acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros.

Os animais no Egito Antigo eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os egípcios também adoravam as formas e forças da natureza, como o rio Nilo, o Sol, a Lua e o vento.

Cada cidade-estado egípcia possuía o seu deus protetor. Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo) e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo).

A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esses motivos cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá – a volta da alma para o corpo dependia do julgamento no Tribunal de Osíris.

Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo, o morto voltaria à vida no reino de Osíris; se não, a alma ficaria no reino de Amon-Rá. Daí a importância da conservação dos corpos pela mumificação, se a alma retornasse ao corpo, este não estaria decomposto.

Os principais deuses egípcios eram:

  • Rá, o deus Sol, unido ao deus Amon, formando Amon-Rá, era o principal deus.

  • A deusa Nut, representada por uma figura feminina, era a mãe de Rá (Sol). Ela engoliu Rá, formando a noite e fazendo-o renascer a cada manhã.

  • Ísis foi esposa de Osíris, mãe de Hórus, protegia a vegetação e era a deusa das águas e das sementes.

  • O deus Hórus foi o deus falcão, filho de Ísis e Osíris, cultuado como o sol nascente.

  • Osíris, deus dos mortos, da vegetação e da fecundidade, era representado pelo rio Nilo. Era Osíris que buscava as almas dos mortos para serem julgadas em seu Tribunal.

  • Set foi colocado como grande inimigo de Osíris (Nilo), era o vento quente vindo do deserto, encarnação do mal.

  • O deus Amon, considerado deus dos deuses do Egito Antigo, foi cultuado junto com Rá (Amon-Rá).


As crenças e cultos religiosos estavam na base das manifestações culturais, sociais, políticas e econômicas no Egito. A religiosidade permeava toda a sociedade egípcia, nas artes, na medicina, na astronomia, na literatura e no próprio governo do Egito Antigo.

Leandro Carvalho

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