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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Negrinho do Pastoreio


Negrinho do Pastoreio é uma lenda afro-cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular naregião Sul do Brasil.

Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. “Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece”, disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal e nada. Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver sua vítima, tomou um susto. O menino estava de pé, sem nenhum arranhão.O Negrinho pegou o baio e conduziu o resto da tropilha.

O Negrinho do Pastoreio é tido como protetor das pessoas que tenham perdido algo.

Sua imagem consiste em um cavalo com o menino negro montado.

Para agradecê-lo por algo que tenha sido encontrado, ou ainda, qualquer pedido que tenha se realizado, costuma-se acender uma vela, orar e oferecer/comprar uma planta ou flor.

É famosa a canção com letra de Barbosa Lessa em torno da lenda:
“Negrinho do Pastoreio
Acendo essa vela pra ti
E peço que me devolvas
A querência que eu perdi

Negrinho do Pastoreio
Traz a mim o meu rincão
Eu te acendo essa velinha
Nela está o meu coração

Quero rever o meu pago
Coloreado de pitanga
Quero ver a gauchinha
A brincar na água da sanga

E a trotear pelas coxilhas
Respirando a liberdade
Que eu perdi naquele dia
Que me embretei na cidade”.

Origem: Fim do Século XIXRio Grande do Sul.

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